Stella Maris Rio

APOSTOLADO DO MAR

 

 

( Padre Giovanni Terragni)

Scalabrinianos Ano XVII N.4 Julho-Agosto 2010

O inicio da estrutura eclesial do Apostolado do Mar se faz iniciar aos 1920, Glasgow em Inglaterra por obra do Sr. Peter F.Anson, um convertido do anglicanismo. O escopo da iniciativa era, sobretudo aquele de ajudar espiritualmente os marítimos com a oração e de unificar as varias iniciativas já existente em vario as partes do mundo em um única obra denominada “ Apostleship of the Sea”, caracterizada da uma ancora com um salva vida com ao centro o coração de Jesus e com o lema “Down to the Sea”. Em campo anglicano e protestante, já no século XIX existiam obras em favor dos marítimos como “ Flyng Angel” e a “ British Sailor´s Society”.

A iniciativa católica encontro logo o favor do Santo Padre Benedito XV que, em 192, aprovou a abertura em Glasgow do primeiro club, colocando sub abaixo da presidência do arcebispo daquela cidade; em 1922, Pio XI aprovou as primeiras Constituições do Apostolado do Mar internacional, em breve tempo se abriram outros clubs nos principais portos, entre eles Liverpool e Rotterdam, onde se imprimiu o primeiro periódico para os marítimos com o nome de: “ Recht door Zee”. A obra bem cedo se expandiu em varias nações.

Em 1894 Scalabrini, começou na Itália, o apostolado do mar e dos capelães de bordo.

Dos documentos de arquivo aparece que a Dom Scalabrini não somente devemos atribuir a paternidade da estrutura pastoral denominada “missão com cura animar um” (numerosas e fortes são as cartas de Scalabrini a Leo XIII e ao Cardeal Prefeito da Propaganda Fide porque seja concedida ao seus missionários em Brasil a autonomia pastoral para os emigrantes nos territórios sob a jurisdição dos párocos locais), mas as mesmas atividades do Apostolado do Mar no porto de Gênova e do capelão a bordo tiveram origem próprio do Bispo de Piacenza, que aos primeiros de abril de 1888, cinco meses após a fundação da congregação dos missionários para os emigrantes, vai a Gênova com um dúplice intenção:

  1. Instituir um Comitê do porto formado de pessoas qualificadas e voluntarias para assistir os numerosos emigrantes que em grupos chegavam cada dia nesta cidade da cada lugar da Itália.
  2. Sondar a possibilidade de inserir a bordo dos navios a vapor a presença de um “missionário a bordo” para a assistência religiosa durante a travessia dos oceanos dos migrantes.

Com esta finalidade Scalabrini se encontra com o capitão, Marcello Durazzo Adorno, administrador delegado as Sociedade “La Veloce” de Gênova, com a promessa de enviar o mais rápido, no ligar, um seu missionário para concretizar estes projetos.

Scalabrini ao Cardeal Simone

“Eminenza Reverendíssima… interessa-me apresentar-lhe algumas coisas que acho de não pouca importância. […] antes de tudo tenho que dizer a Vs. Eminenza que nestes dias fui de propósito a Gênova, para acertar os últimos acordos com a Sociedade de navegação” La Veloce”, com a finalidade de dar aos nossos emigrantes assistência religiosa durante a travessia. É constatando que nos navios a vapor se encontram muitas vezes agente protestantes e maçônicos, os quais buscam de converter os nossos pobres compatriotas. Alem disso é difícil que se cumpra uma travessia sem que uma o mais pessoas morram a bordo, e soube que recentemente o número dos mortos chegou uma vez ate dez. Com tudo isso Eminenza percebe quanto seja urgente prover a esta necessidade. Um Missionário apto a este oficio já o encontrei em um sacerdote que conheço bem e que cresceu embaixo dos meus olhos no Seminário de Como, Padre Francesco Zaboglio […]

Acho que chegou o momento, com o nada obsta, de começar a instalação dos Comitês nos portos de mar. O sacerdote Padre Francesco Zaboglio que acompanhará os emigrantes, poderá servir muito bem a este motivo, conhecendo bastante os idiomas inglês e espanhol. Eu mesmo na ultima ida em Gênova conversei sobre os Comitês, e encontrei pessoas bem dispostas a nos ajudar nesta obra, respeitáveis e fervorosos católicos. Chegando o momento oportuno, eles se prestarão de todo coração.

Para Scalabrini a assistência dos emigrantes deveria ser global e abranger todas as fases do processo migratório: presença ativa no momento do embarco, acompanhamento durante a travessia do oceano, acolhida nos lugares de chegada, partilha da vida nas novas terras, com abertura de igrejas, escolas, hospitais; alem disso deviam envolver o clero e leigos e todas as pessoas de boa vontade, quaisquer credo político o religioso pertencessem.

No mês de abril de 1888, para iniciar concretamente as duas iniciativas, Scalabrini em via a Gênova Pe. Zaboglio, que logo faz contacto com algumas Companhias de navegação, como “ La Veloce” e a “Florio Rubattino” para obter um lugar de capelão de bordo nos navios deles: “… Parece que todavia teremos tudo o quase tudo que desejávamos, o seja o altar, a classe de capelão; funções com alguma solenidade nas festas, e Missa todos os dias…” ele mesmo comunica que esta se embarcando no navio a vapor “Bourgogne” para acompanhar os emigrantes ao logo da travessia da Gênova a New York como capelão de bordo. Permanecerá nesta cidade para preparar a chegada dos primeiros missionários scalabrinianos.

Entretanto Scalabrini envia a Gênova Pe. Pietro Maldotti, sacerdote original de Parma, que em breve tempo, com o seu temperamento de verdadeiro combatente, torna-se animador, organizador de todas as atividades em defesa dos emigrantes que, parados no porto esperam de embarcar para as Américas, eram de fato objeto de todo tipo de injustiça. Pe. Maldotti, verdadeiro apostolo no porto e a bordo dos navios, realizará a sua atividade ininterruptamente desde 1894 ao1933. Em sua ajuda Scalabrini lhe envia um confrade, Pe. Teolfilo Glesaz para se alternar com ele como capelão de bordo nos navios acompanhando os emigrantes nas Américas.

Sempre em 1894, um sacerdote da diocese de Lucca, Pe. Giuseppe Marchetti, pede a Scalabrini de se juntar como’ missionário externo’ para acompanhar um terço do seus 210 paroquianos de Compignano (Lucca) que emigravam para o Brasil. Pede de viajar em terceira classe para partilhar com os pobres todas as privações e dificuldades da travessia, não poucas vezes trágicas. No seu segundo viajem ao Brasil como capelão Pe. Marchetti é testemunho de um fato que mudarão endereço da sua vida.

O episodio é narrado por Dom Scalabrini na segunda conferência dele em Torino em 1898 em ocasião da Exposição de Arte Sacra.

“… A bordo do navio, na qual viajava um meu Missionário, o Pe. Giuseppe Marchetti (já professor no Seminário de Lucca), falecia uma jovem esposa, deixando um pequeno órfão que ainda mamava e o marido sozinho, nesta desespero. O Missionário, para acalmar aquele desolado, que ameaçava se jogara a mar, lhe prometeu de tomar conta da criança, e como prometeu fez. Chegando a Rio de Janeiro, levando no colo aquela inocente criaturinha, se apresentou com ela ao ilustre conde Pio de Savoia, então Cônsul Geral daquela cidade. Ele não pude dar ao jovem Missionário só palavras de encorajamento, mas isso foi suficiente porque batendo de porta em porta, chegasse no fim a colocar o pobre órfão junto a portaria de uma casa religiosa. Daquele momento a Idea de fundar em São Paulo(onde tinha chegado) um orfanato para os filhos dos italianos lhe veio na mente, e com enormes sacrifícios conseguiu a fundá-lo de fato. Conta agora quatro anos de vida, com 160 pequeno órfãos e um mártir que reza por ele no céu, pois as grandes fadigas sofridas custaram a pio e zeloso Missionário a vida. Seja paz e gloria a ele!.

Com a profissão dos votos perpétuos, Pe. Marchetti 1895 entra de maneira definitiva na Congregação de Scalabrini. Em são Paulo do Brasil funda o orfanato para os filhos dos emigrantes de todas as nacionalidades e para as crianças abandonadas da cidade, “os meninos de rua”; da inicio a Obra das Missionárias Scalabrinianas. Com a aprovação de Dom Scalabrini, desejou abrir nos portos de Rio de Janeiro, Santos e São Paulo três “casas de emigração” para dar assistência aos emigrantes recém desembarcados. Morre aos 27 anos de idade. Dele foi introduzida a causa de beatificação.

A pleno titulo Scalabrini, juntos aos seus primeiros missionários, pode ser considerado, em Itália, fundador do apostolado do mar nos portos e nos navios.

 

 

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